O que nos aguarda?
Com certeza você anda fazendo essa pergunta ou já ouviu alguém perguntando isso pra você. E o que mais ouvimos é que o mundo nunca mais será o mesmo depois dessa pandemia do novo coronavirus, isso pela ótica econômica e também comportamental, porém prever que tudo mudará é um tanto quanto persuasivo da minha parte, pois não dá para prever o que ainda está por vir. O que posso afirmar é que a fase de quarentena, do isolamento social já está transformando vários aspectos em nossas vidas, principalmente as relações comerciais. Para muitos a conta já estourou, desemprego, redução da salários, e a pressão por mais produtividade em fase de home office.
A verdade é que o mundo inteiro entrou em quarentena, uma pesquisa feita pela agência de notícias AFP, mostrou que, no início de abril quase 4 bilhões de pessoas estavam em casa devido as recomendações de isolamento social. Isso quer dizer que metade do planeta ficou em casa! O que era e ainda é fundamental para frear a curva de contaminação do vírus, porém a forma mais eficaz até o momento de frear o contágio do coronavirus e salvar vidas, é também a responsável por desacelerar a economia global. E ao ter que optar por duas questões necessárias básicas que são a sobrevivência física e a sobrevivência econômica, encontramos a crise mais complexa da história.
As consequências econômicas já são sentidas. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), apontou que o PIB (Produto Interno Bruto), caiu 1,5% e a expectativa do governo brasileiro é que até o fim do ano a queda seja de 6,51%.
Foram mais de 7 milhões de profissionais que tiveram seus salários reduzidos de uma hora para outra, além do desemprego que chega a 1,1 milhão de vagas fechadas CLT nos meses de março e abril de acordo com o CAGED. E com esse cenário é comum vermos pessoas ansiosas, preocupadas e inseguras. E até mesmo quem ainda conseguiu manter seus negócios de alguma forma, também sentem inseguranças e incertezas, até porque uma pesquisa Datafolha de maio, mostra que 69% das pessoas acreditam que a pandemia irá impactar a atividade econômica por muito tempo. E o que se ouve falar é que mesmo após a pandemia o mundo não será o mesmo, no ponto de vista das relações comerciais e trabalhistas. O que já podemos notar é que a relação individual patrão x funcionário pode se aprofundar. Como vimos nos acordos de redução de jornada e salário, através da MP N° 936, prevista na reforma trabalhista de 2017, onde permitiu funcionários que recebessem salários menor que R$ 3.135, pudessem fazer acordo direto com a empresa, o que gera um desequilíbrio nas relações trabalhistas.
Outro ponto importante foi o Home Office forçado, que mostrou para as empresas que carga horária de trabalho não representa o sucesso de cada profissional, o trabalhador precisou ser mais produtivo, e isso foi notado. E com isso poderia mudar de trabalhadores CLTs, passarem a freelancers ou MEI.
E já é visto nas novas contratações muitas empresas focarem no atendimento digital e no suporte online e com isso passaram a contratar com foco na demanda, e na geração de resultados muitas vezes pré-estipulados. Para o novo mercado que se encontra pós pandemia é necessário que você seja apto a novas habilidades, para que possa promover diferentes fontes de renda, uma vez que a instabilidade no mercado possa perdurar por longos meses. Em contra partida para alguns gestores de equipes comerciais o home office não se aplica em modelo integral, acreditando que a dispersão e a falta do contato olho no olho, a falta do cafezinho com o cliente, e do aprofundamento das relações gere um declínio nas efetivações contratuais. O que remediaria é a mescla do atendimento presencial e o remoto, com base em manter o distanciamento social, e redução de jornada de trabalhos e salários.
E então logo pensamos que o empreendedorismo vai ganhar mais forças e será o novo formato de trabalho, ter o seu sonhado negócio, deixará de ser sonho e passará ser necessário, para a geração de renda. Fato que no mês de maio no Brasil, atingimos a marca de 10 milhões de novos micro- empreendedores individuais. Mas empreender em um momento incerto de pandemia é sim um grande desafio. E para isso alguns pontos são importantes para analisar como, planejamento e estratégias serão obrigatórios, além de estudar seu público, a efetivação da venda, onde as relações comerciais inicialmente serão em grande maioria por contatos virtuais, se você souber lidar com essas situações, essa é a sua hora de empreender. Destacando que com os novos hábitos de consumo, a tecnologia, a redução de custo e a experiência de compra serão peças chaves para os novos e já atuantes empreendedores do mercado. Apenas a necessidade de um novo negócio não será suficiente para o sucesso desse novo projeto, é necessário que o empreendedor tenha propósito, e que seja engajado com o seu modelo de negócio seja ele de produto ou serviços, e que as suas ações de venda sejam baseadas na conquista do cliente. Essa relação de identificação será cada vez mais presente nas questões comerciais das empresas. O consumo desenfreado e inconsequente já não tem mais força no mercado, estamos vivendo o ano em que a cultura do consumismo deixa de ser interessante, e o legal é o consumo com consciência e fundamento, e isso precisa ser levado em consideração na hora de decidir sobre seu projeto de negócio.
Por fim observe a sua mudança como consumidor e veja o que é importante para você na hora de comprar, e então analise como um possível cliente compraria de você. Como publicitária posso afirmar que as empresas que proporcionarem experiência e passarem confiança para o cliente, independente do produto ou serviço, essa empresa conseguirá se manter atuante e ainda gerar crescimento mesmo no período de recessões.
Espero ter ajudado você a enxergar uma oportunidade nessa fase que todos estamos enfrentando, e entender que as mudanças podem ser benéficas além de trazer uma nova visão de mercado, é importante ter uma nova visão pessoal também, e facilidade de adaptação pois é cada vez mais rápido o período em que tudo se transforma. Convido você a me seguir nas redes sociais e fico a disposição para uma bate-papo sobre esse assunto e também para uma consultoria publicitária. Grande abraço e muito sucesso a todos!