Page 71 - Casa e Beleza
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DANIELA
CARNEIRO
A IMPORTÂNCIA DA CONEXÃO
COM O CLIENTE NA ARQUITETURA
aber escutar as necessidades e do no início, precisa de flexibilidade NOSSO
preferências dos clientes é um e ajustes ao longo da obra, especial-
Sdom de poucos profissionais, mente à medida que os materiais são TRABALHO É
e a arquiteta Dani Carneiro faz parte comprados e as etapas avançam. Por TRANSFORMAR
desse grupo seleto. Para ela, o respei- isso, faço questão de estar presente O ESPAÇO
to mútuo é essencial para o sucesso em cada fase da construção, até a
de um projeto. entrega das chaves”, afirma. DE MANEIRA
Com obras em todo o Vale do Pa- Formada em 2002, a arquiteta é HARMONIOSA,
raíba, Serra da Mantiqueira e Litoral apaixonada pelo trabalho, casada ATENDENDO
Norte, a empresária é dona do escri- com um empresário do setor do co-
tório que leva seu nome e tem sede mércio de São José e mãe de uma AO MÁXIMO AS
em São José dos Campos (SP). menina de 11 anos. Neste bate-pa- EXPECTATIVAS
“A relação com o cliente é fun- po, ela nos conta sobre seu estilo, DO CLIENTE
damental para o meu trabalho. Um abordagem criativa, estética e funcio-
projeto de interiores, mesmo defini- nalidade. Boa leitura!
Como você descreveria seu estilo Costumo identificar o perfil do cliente e o que ele procura, qual seu es-
moderno e de design de interiores? Quais tilo, o que ele espera e quais são suas expectativas para a casa. Obvia-
as principais influências que moldam sua mente, nós, arquitetos, temos nossos traços, e é importante que o cliente
abordagem criativa? se identifique com eles para que o projeto flua e o resultado seja algo
coerente com o seu estilo. Hoje, prefiro trabalhar com uma aborda-
gem mais simples e elegante, inspirada nos designs italianos e russos.
São projetos sofisticados, com menos detalhes e uma paleta de cores
uniforme, onde móveis, pisos e tetos têm a mesma tonalidade, criando
um visual harmonioso e sem grandes contrastes. No entanto, em locais
onde o intuito não é morar, como casas de veraneio, prefiro mudar esse
“mood”. Para uma casa de praia como exemplo, vou para um lado
mais mediterrâneo, com tons azuis; já para casas na montanha, adoto
uma linguagem rústica, aconchegante. Faço isso para que as pessoas
que estejam no espaço possam se desconectar do ambiente do dia a
dia, sentindo-se em um lugar completamente diferente e especial.