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meu trabalho, mas não achava comparável àquelas mulheres que sairiam na edição, não
conseguia me encaixar no propósito da biografia. Mas, antes de ser professora, eu sou a
Ana Lúcia, uma mulher que gosta de viajar, que adora animais, moda, beleza e estética.
Então pensei: posso inspirar mulheres que, como eu, estão passando pela crise dos 50
anos, mas seguem ativas, apaixonadas pela vida. Topei e amei o resultado.”
Mas quais os motivos Ana: “Não sei. Talvez porque meus filhos estão crescendo. Meu mais velho, Michel está
da crise dos 50? fazendo 18 anos e está indo morar sozinho em São Paulo (SP). Sei que, às vezes, a ideia
de que os anos estão passando pesa mais, dá um baixo astral, que é normal, né? Mas eu
tive crise aos 20, viu? (risos) Minha tia e madrinha, na ocasião, mandou um cartão falando
que eu estava chegando à fase mais incrível da minha vida, mas, a verdade é que eu não
queria crescer. Por mim, ficaria adolescente para o resto da vida. (risos). Depois, tive crise
aos 30 porque minhas amigas estavam se casando e tendo filhos e eu nem estava pen-
sando nisso. Então comecei a me perguntar: será que não vou conhecer alguém bacana e
montar minha família? Quando chegou os 40, pensei: pronto, agora estou envelhecendo
mesmo. Mas engravidei aos 41 anos e ganhei meu caçula, Lucas, hoje com 8 anos. Ele foi
importante para eu passar por essa crise de forma leve. Agora cinquentei. Vivo um misto
de saudade das pessoas que já se foram e uma ansiedade de como será daqui dez anos,
quando farei 60. Mas tento me desligar de tudo isso e focar nas coisas boas da vida.”
E como você faz para se manter Ana: “Tem hora que incomoda a questão do envelhecimento. Mas me sinto muito bem.
bem aos 50? Se sentir bonita? Tenho me cuidado para que esse passar dos anos chegue bem. Então, cuido muito de mim.
Já fiz bioestimuladores de colágeno, botox, coloquei fios para suspender a pele do rosto.
Mas, além de não fazer nada que seja definitivo, procuro sempre profissionais que eu co-
nheça e confie no trabalho. Atualmente, só vou na Dra. Taysa Dias. Cuido muito do meu
cabelo, do meu corpo e continuo fazendo coisas que sempre gostei de fazer, como viajar e
ficar com meus bichinhos e com a família em casa. Quero servir de inspiração para outras
mulheres porque é possível envelhecer com saúde e se mantendo bela. Uma ou outra ru-
guinha vai aparecer, afinal, são 50 anos de história, faz parte.”
Você mantém Ana: “Sim, creio que seja necessário, né? Minha pele é boa porque desde jovem uso pro-
uma rotina de skincare e tetor solar, cremes diurnos e noturnos, ácido hialurônico e colágeno. Então, são cuidados
cuidados com o corpo? que não começaram aos 30 ou 40 anos. Raramente, por exemplo, as pessoas me viam
bronzeadas ou queimadas de sol. Sempre me cuidei. Já sobre alimentação, melhor pular
esse capítulo! (risos). Eu sou taurina, gosto muito de comer. Tenho prazer em degustar uma
boa refeição. Se eu tivesse uma alimentação boa e saudável, estaria nota 1.000.”
Você sempre Ana: “Sempre! Minha mãe conta que eu sempre gostei de um salto alto. Eu enfiava pul-
foi vaidosa? seira no braço, passava maquiagem. Puxei minha tia e madrinha, que é perua (risos). Sou
muito ligada à moda, gosto de olhar tendências. Mas, com o passar dos anos, fui adap-
tando os looks e as escolhas com a minha personalidade e minha idade. Roupas que eu
usava aos 15 anos não uso mais. Mas, continuo usando shorts, saias curtas. A questão é
que agora me preocupo em colocar peças e criar looks que mostrem às pessoas que sou
adulta, não mais adolescente. Continuo gostando muito de moda. Acho que se eu viver
100 anos, serei uma velhinha antenada nas tendências.”
114 Edição especial