Page 11 - Moda e Beleza
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“Na Páscoa, aproveita- fundo da galeria, porém,
va a madrugada para fazer nunca deixou de receber
os ovos de chocolate. De visitantes. Sem condições
dia, Priscila os embrulha- para comprar maquinário,
va e, às vezes, meus pais Rogério investiu em fazer
iam ajudar. Chegamos a com excelência o que já
produzir 15 mil unidades sabia produzir: barrinhas,
na nossa cozinha. Não tí- trufas e bombons. Apren-
nhamos qualquer estrutu- deu com um primo a dar o
ra, mas, trabalhamos com brilho no chocolate que até
muito empenho e carinho hoje encanta os frequenta-
em cada entrega. E deu dores de suas lojas.
certo!”, conta ele, que dei- Com o dinheiro que con-
xava a pequena Lohanna seguiu nos primeiros me-
ao seu lado assistindo de- ses, investiu em uma má-
senho, já que não dispu- quina de drágeas. Arriscou
nha de tempo para brincar ainda na contratação de
com a filha – episódio que dois funcionários. Precisava
o emociona até hoje quan- crescer. “O desafio era ofe-
do o lembra. recer produtos diferentes ao
Chegou a propor ao consumidor. Então, estava
dono da empresa de cho- sempre de olho no que eu
colate que abrissem juntos poderia agregar à minha
uma loja em Curitiba (PR). produção”, comenta.
Mas o empresário achou a Foi quando Rogério per-
sugestão desinteressante. cebeu um “gap” no merca-
Rogério viu, então, que era do: se na baixa temporada
hora de começar a andar havia fartura de produtos,
com suas próprias pernas na alta, muitas vezes os es-
rumo ao seu sonho: ter o toques dos colegas comer-
seu negócio. ciantes se esgotavam sem
A primeira loja Spinas- que eles pudessem repor
si foi aberta em 2005. A pela falta de chocolate nas
singela portinha ficava no prateleiras.