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fada chega como uma tela em bran-
co a ser pintada e, então, JUNTAS
fazem a ARTE acontecer.
A fotografia para ela é isso, uma
junção entre o fotógrafo e a cliente,
uma conexão, como em uma dança,
que envolve olhar, expressão corpo-
ral. As vezes é uma dança divertida,
as vezes dolorida (não é fácil fazer
poses), mas na maioria das vezes
fica a melodia, aquele gostinho de
quero mais.
Na imersão do dia a dia, muitas
vezes, não nos vemos como a mu-
lher bela que podemos ser. Para ela,
todas merecem viver essa experiên-
cia: um dia de “modelo”. Um dia em
que vão sair do cotidiano e da vida
corrida. Vão poder se produzir, ir ao
salão e então se ver de outra forma,
com um outro olhar, por outra lente,
por outra ótica.
Karin tem um olhar afiado, por
meio de suas lentes para ver nas
mulheres a beleza que é plural, sem
padrão. Talvez este olhar seja fruto
de tantas metamorfoses que viveu,
as quais a fizeram enxergar que a
vida é só uma, que a beleza é única e
que todas devem se amar como são.
Para ela, a beleza está nos olhos de
quem vê, e se você não se vê bonita,
quem vai ver? Esse é um dos maiores “O fundo do poço
aprendizados que ela teve na vida e
é isso que tenta transmitir com sua ensina muito
arte: você é única e, por isso, se ame
do jeitinho que você é. E é através
do seu trabalho que hoje consegue mais do que o
transformar vidas exatamente com
aquilo que a transformou. Coincidên- topo da montanha.”
cia ou não, ela prefere acreditar que
foi Deus, pois crê que é sempre Ele.
MODA & BELEZA VALE 83